As sete principais tendências do mundo do RH para 2021

Depois de um ano tão incerto quanto 2020, o que podemos esperar de 2021? Conheça algumas das principais tendências em recursos humanos para este ano

Texto por: Thuany Gibertini

Em 2020 ninguém acertou qual seria o evento central do ano, todos fomos pegos de surpresa pela pandemia e é impossível falar de qualquer tipo de tendência para 2021 e não falar sobre essa questão.

Infelizmente, ainda viveremos para e sofreremos com consequências desse cenário este ano. Contudo, já temos perspectivas bem mais positivas com as primeiras campanhas de vacinação começando ao redor do mundo.

Inclusive, para o mundo de gestão de pessoas vemos uma perspectiva muito animadora em relação à área, sua atuação e possibilidades. Neste artigo vamos apresentar as sete principais tendências do mundo do RH para 2021. Confira!

1 – O RH seguirá sendo protagonista nas organizações

Além de todo o direcionamento das organizações para colocar as pessoas no centro, entendendo que as empresas são feitas de pessoas e que esse é o ativo mais precioso para qualquer negócio, a pandemia do novo coronavírus ressaltou ainda mais a demanda de um RH estratégico.

Se você pode gerenciar esta situação, você pode gerenciar qualquer coisa. E se seu pessoal vir que você está gerenciando essa situação, é um cenário sólido de ganho de confiança.” Katarina Berg, CHRO do Spotify, em seu LinkedIn.

Neste ano seguiremos com essa perspectiva de um RH que será muito demandado, não só para lidar com as crises, mas principalmente para realizar entregas que extraiam o melhor da produtividade dos colaboradores.

David Green também concorda que esse peso está sobre posição do RH para 2021:

— As empresas precisam de suas funções de RH como nunca precisaram antes — não apenas para ser o condutor da transformação digital e novas formas de trabalhar para questões relacionadas às pessoas, mas para colocar o “humano” no centro e garantir que nossos locais de trabalho se tornem mais justos, melhores e mais humanos.

2 – Flexibilidade no trabalho

Apesar de já termos algumas campanhas de vacinação encaminhadas, ainda não estamos próximos de viver como antes. “Uma vacina por si só não vai acabar com a pandemia” Tedros Ghebreyesus, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou em sua conta no Twitter.

Ou seja, as empresas vão precisar manter o home office por um tempo ou respeitar vários protocolos de segurança e higiene em seus escritórios por um tempo.

Além disso, o modelo de trabalho híbrido vem aparecendo como o favorito entre os funcionários, com 91% de aprovação entre profissionais capacitados segundo a 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH).

Esses são dois sinais de que não há como voltar atrás em horários, benefícios e modelo de trabalho. A pandemia mostrou que trabalhar de casa e rotinas flexíveis são possíveis, podem ser efetivas e colaborar para a satisfação do colaborador.

Agora será papel do RH organizar vontades, possibilidades e realidade.

3 – Employee experience

O relatório Acelerando a Jornada para o RH 3.0, desenvolvido pela IBM em parceria com a Josh Bersin Academy, aponta os principais desafios para o RH atingir uma atuação 3.0. Esse estudo aponta a experiência do funcionário como fundamental, colaborando com o RH para conduzir uma transformação na empresa.

Evolução do employee experience em diferentes níveis do RH. Fonte: Relatório Acelerando a Jornada para o RH 3.0 (pág 21).

Cada vez mais o colaborador se coloca na cadeira de cliente, demandando o desenvolvimento de jornada específica para a sua passagem pela empresa. Esse mesmo estudo alerta ser insuficiente para pensar em employee experience se limitando ao empregado.

“Em uma época em que a linha entre escritório e casa continua a se confundir, as experiências familiares do funcionário a empresa também e, portanto, deve ser considerada ao projetar e aprimorar a experiência de qualquer funcionário.”

Sendo assim, pensar nessa questão é um grande desafio do RH que deverá pensar no colaborador como uma pessoa completa, não apenas como funcionário, mas também como pai, mãe, filho, etc.

4 – People Analytics

Conectado com a experiência do usuário é impossível não falar do People Analytics que aparece como um suporte para o desenvolvimento da melhor jornada dos colaboradores de uma organização.

Além disso, esse novo modelo de gestão de pessoas entrega ao RH uma fonte de predição e prescrição. O que é muito relevante para o cenário atual, imagine poder antever possíveis situações e acessar as possibilidades para resolver um problema futuro.

Segundo David Green, o investimento em People Analytics é uma necessidade absoluta para qualquer empresa que busca gerar impacto positivo em seu negócio e para os seus colaboradores:

— Durante a pandemia, não é tão dramático afirmar que o People Analytics ajudou a salvar vidas — seja dentro de uma organização por meio do foco na saúde e bem-estar dos funcionários ou por meio do apoio à continuidade dos negócios em empresas com foco em suprimentos essenciais, como medicamentos.

5 – Tecnologia como grande aliada

Até aqui vimos termos como inteligência artificial, people analytics e big data estão e seguirão presentes na rotina do RH. Buscar compreender o funcionamento de diferentes softwares e a capacidade de tecnologias emergentes na evolução da atuação do RH é essencial.

Assim como na seleção natural, quem não se adapta acaba ficando para trás. E em mundo efervescente em novidades que podem tornar o trabalho de gestão de pessoas mais focado nas pessoas, se adequar é um imperativo para a sobrevivência.

6 – Saúde mental e bem-estar como estratégia

Em um episódio do podcast Digital HR, Leena Nair compartilhou com David Green que a Unilever obtém um retorno de $2,50 para cada dólar investido no bem-estar dos funcionários.

Saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho é mais um dos temas que já estava sendo discutido dentro do mundo corporativo, mas que com a pandemia simplesmente precisou sair do papel.

Segundo a Associação Nacional da Medicina do Trabalho, “nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade, do grau mais leve ao incapacitante. Metade (47%) sofre de algum nível de depressão, recorrente em 14% dos casos.”

Mesmo diante desse cenário, apenas 18% das empresas mantêm um programa para cuidar da saúde mental.

Como vimos no exemplo da Unilever, investir no bem-estar gera ganhos, e uma reportagem da Você S/A mostra que não investir gera gastos:

— Estimativas mostram que os gastos relacionados a doenças emocionais poderão chegar a 6 trilhões de dólares em todo o mundo até 2030 — mais do que a soma das despesas com diabetes, doenças respiratórias e câncer, segundo dados do Fórum.

Com certeza olhar para a saúde mental e o bem-estar do colaborador deve fazer parte dos planos de ação do RH estratégico em 2021.

7 – Fomento da diversidade, inclusão e responsabilidade social

Muitos dados já foram apresentados sobre os benefícios da promoção da diversidade e inclusão dentro das empresas, como os do famoso estudo da Mckinsey & Company que aponta como o aumento da diversidade pode alavancar a performance de uma empresa.

Além dessas evidências existe outro fator que impulsiona a entrada de pessoas diversas nas empresas, a sociedade cobra essa postura das organizações.

Uma empresa realmente aberta à diversidade e inclusão ganha em performance, employer branding e posicionamento de marca.

E até mesmo a pandemia trouxe para a mesa outra vantagem da diversidade de gênero: empatia. É o que explica Rafael Kato, Editor-chefe para América Latina e Espanha no LinkedIn Notícias, em seu artigo:

Mais mulheres têm sido alçadas a posições de comando executivo durante a pandemia, apesar da queda nas contratações para esse nível hierárquico. Essa tendência deve continuar, já que a pandemia demonstrou a importância de liderar com empatia e necessidade de apoiar a diversidade de talentos.

Entender vantagens para o negócio, como fomentar a diversidade e um ambiente inclusivo seguem sendo tarefas urgentes para a área de gestão de pessoas.

Hora da ação!

O ano de 2021 com certeza vai trazer muitos desafios e incertezas, entretanto, carrega um grande pedido de mudança. Caminhar para olhar mais para as pessoas e satisfazê-las além da remuneração é o desafio central.

A adoção da mentalidade empresarial pelo RH não é sobre reorganizar, reestruturar ou ainda sobre ter um lugar na mesa. Segundo o relatório 2021 Global Human Capital Trends da Deloitte, é sobre centrar a função de RH na responsabilidade de dono e re-arquitetar o trabalho em toda a organização.

E o artigo convida à reflexão, “Quando bem planejado, o trabalho de re-arquitetura pode gerar novos resultados que criam mudanças positivas, de maior produtividade para maior agilidade para maior inovação.”

Agora que você conhece as sete principais tendências para o mundo do RH em 2021, conta pra gente quais serão ou já estão sendo implementadas na sua empresa?

Para encontrar mais conteúdos como esse e saber mais sobre People Analytics acesse o blog da MINEHR.

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